17 de janeiro de 2014

Capoeira no Quênia - fotos

Algum dos alunos conseguiu tirar umas fotinhos no celular - Limaverde e Brian fazendo um joguinho só pra não passar batido.

Minutinhos de Nzinga

Este video foi feito pelo Kosuke, Nzingueiro de primeira começando a organizar as coisas lá no Japão.
É lindo!


31 de outubro de 2013

Grupo Nzinga realiza projetos educativos em Moçambique

Mandinga em sala de aula: debatendo o contributo da cultura popular na educação formal, um dos quatro projetos aprovados entre as 75 propostas do edital Conexão Brasil África, e o Encontro de Capoeira Angola II Chonga Mandinga acontecem entre os dias 5 e 9 de outubro, em Maputo

São Paulo, 25 de setembro de 2013 - Os mestres de capoeira do grupo Nzinga Brasil – Paulinha, Janja e Piter – e o mestre de cultura popular maranhense Tião Carvalho estarão em Maputo entre os dia 5 e 9 de outubro para uma série de atividades que envolvem mesas de debates, formação, oficinas de confecção de instrumentos, danças, aulas de ritmo e movimentação da capoeira angola: Mandinga em Sala de Aula e II Chonga Mandinga.

O projeto Mandinga em Sala de Aula será voltado aos professores e alunos de escolas públicas de Maputo e pretende apresentar novos métodos educativos, além de abordar os impactos da produção, gestão e difusão do ensino baseado nas culturas populares e tradicionais africanas e afro-brasileiras. Serão realizadas mesas de formação e debates, a fim de valorizar a atuação conjunta e colaborativa entre áreas do conhecimento como Educação, Cultura e Comunicação, uma vez que ela produz, no ambiente escolar, uma maior aproximação entre a realidade interdisciplinar vividas por crianças, jovens e adultos. Desta maneira, pretende-se trabalhar com as riquezas do conhecimento ancestral, apresentando alternativas pedagógicas aos modelos já ultrapassados e transformar as políticas públicas de educação em sala de aula
Já o evento II Chonga Mandinga será aberto ao público e tem o objetivo de difundir os ensinamentos ancestrais da capoeira angola em Moçambique, onde sua presença tem sido cada vez maior. O evento, já realizado em 2010, reforça a liderança de Maputo e firma a capital de Moçambique como referência na capoeiragem da África Austral. Na ocasião, ocorrerão oficinas de confecção de instrumentos, danças, aulas de canto e movimentação da capoeira angola, ministradas pelos mestres brasileiros Paulinha, Janja, Piter e Tião Carvalho.
O II Chonga Mandinga será uma oportunidade enriquecedora para o intercâmbio cultural entre Brasil e Moçambique, tanto para os mestres brasileiros como para a comunidade participante. As diversas atividades promovidas pelo evento possibilitam aos participantes entrar em contato e aprofundar os conhecimentos sobre a capoeira angola. Esta arte, em franca expansão pelo mundo, busca para além dos treinos e jogos de capoeira, o autoconhecimento e crescimento por meio de experiências coletivas.

Informações para entrevistas e detalhes sobre os eventos:

Gabriel Limaverde (Moçambique): +258 826752934
Raquel Gonçalves (Brasil): +55 11 986937113
Assessoria de imprensa
Grupo Nzinga de Capoeira Angola

13 de agosto de 2012

Capoeira e Break Dance: irmãs de pai e mãe


Na semana passada esteve aqui o grandioso Abramz, símbolo da cultura hip-hop no Uganda. Ele fundou um movimento chamado Break Dance Uganda que ensina gratuitamente o break dance em diversas partes de Uganda, formando multiplicadores e uma verdadeira legião de bboys e bgirls no país. Recentemente, gravou o filme Boucing Cats, a ser lançado em breve, onde conta a história de sua vida e de sua luta.

Nossa conexão surgiu de um feliz encontro: a Jane, que já havia trabalhado com Abramz calhou de ver uma apresentação da Orquestra de Berimbaus num evento celebrando a criança Moçambicana. Ela viu tantas semelhanças que fez questão de nos apresentar e colaborar com a vinda dele para Maputo. Segundo ela, as semelhanças não se limitavam aos movimentos em si, mas no ritual e na interação de como tudo acontecia.

Pois foi. As semelhanças daí só se multiplicaram. Nas conversas com o Abramz não se acabavam exemplos em que a capoeira e o break dance se identificavam. Para ele por exemplo, cada um no grupo é aluno e professor ao mesmo tempo, tendo a chance de aprender assim como a responsabilidade de ensinar e orientar aqueles que são mais iniciantes. Ora, e não foi exatamente isso que aprendemos d@s noss@s mestr@s? Essa coisa iniciática, que está presente nas duas artes.

Também nos vimos semelhantes em utilizar nossa arte como plataformas para intervenções que transformam realidades, na roda de capoeira e na vida, ou como dizia se Pastinha "a capoeira se joga na roda pequena e na roda grande". Assim faz o Abramz no Uganda. Ele utiliza o break dance, com seus valores de igualdade e respeito mútuo, como instrumento para transformar a vida das pessoas, gerando iniciativa, coragem e auto-estima, além de muitas crews. Assim fazemos nós no Nzinga, lutando com Berimbau, Negativa e Rabo de Arraia por um mundo mais justo e igual, livre de todas as formas de discriminação - tais como o racismo e o sexismo.

Abramz dando uma palinha no nosso
aniversário de 4 anos... num CC, ou rolê!

Bem, na parte mais estética da coisa, qualquer um percebe. Vejam:

- O Rolê, na língua break dance, chama-se CC. Assusta, é exatamente o mesmo movimento
- Se fizermos vários Rolês em sequencia, isso chama-se Zulu Springs
- Ao trocar o lado de um Rolê, você está fazendo um Monkey Swing
 - Um "jogo embaixo" nada mais é do que um downrock (jogo em cima - toprock)

E por aí vai... Queda de rins? Esse ponto de apoio, que é vital para a capoeira da Tesoura ao Aú de cabeça, também é de suma importância no break dance. A entrada para qualquer baby freeze, por exemplo, se inicia com o velho e bom cotovelo encaixado na boca do rim, logo acima do quadril... Ponta do pé? Durante a aula que tivemos na roda de sábado na Feira do Pau, o cara mostrava tudo na ponta do pé - como a gente sabe até mais que as bailarinas.

Obrigado Abramz. Você volte sempre. Nós um dia chegamos aí!