26 de agosto de 2009

Palavra do Mês: Makwezu

Makwezu (Makuezu, Makuero): irmão/irmã. Simples assim. Aquel@ camarada, jaga, malungo, brother e tal. Aquela pessoa que faz tanto parte da sua vida. Faz até lembrar aquele corrido:

“Camarada o que é meu?
É meu irmão!
Meu irmão do coração,
É meu irmão!”

18 de agosto de 2009

chegando no Magoanine

Magoanine é um bairro periférico da cidade de Maputo, a cerca de 1 hora de chapa (transporte público mais comum de Moçambique) do centro. Por iniciativa do Tiene, um dos alunos do Nzinga, iniciamos um trabalho nesse bairro, na escola Primária Completa do Magoanine.

Primeiro tivemos diversas reuniões com a diretoria da escola e há umas duas semanas fomos apresentar o trabalho. Quinze nzingueiros estiveram na Escola do Magoanine, apresentamos um pouco da Orquestra de Berimbaus e um pouco do que fazemos nos treinos. Convidamos os alunos da escola a participarem das atividades, que ocorrem todos os sábados e domingos após o almoço.
Já estamos no terceiro ou quarto treino com o pessoal de lá. O responsável pelo trabalho é o Tiene, com minha orientação e ajuda dos demais alunos do Nzinga. Mais de 50 crianças apareceram no primeiro treino, o que quase deixou Tiene de cabelos em pé!

No Nzinga estamos muito felizes com esse trabalho. Para além de dar oportunidade a crianças menos privilegiadas de treinar capoeira; a iniciativa tomada pelo Tiene é um grande resultado da forma como cuidamos do nosso grupo: tendo como base a responsabilidade, autonomia, iniciativa e respeito. Parece que nossa sementinha de capoeira está brotando com força. Fotos em breve.

9 de agosto de 2009

Quem sabe faz ao vivo

Olha que espetáculo faz o Bob McFerrin com um público de neurocientistas... A Manô, que é cineasta e treinel do Grupo Nzinga em São Paulo enviou hoje para os nzingueiros do mundo essa preciosidade. Quem sabe, sabe, né?

1 ano de Nzinga Maputo

Comemoramos no dia 30 de Agosto o primeiro ano do Nzinga em Maputo. Gahamos um grande presented a comunidade capoerística de Maputo: todos compareceram na nossa roda gostosa, divertida e cheia de ngunzo.

Os alunos do Nzinga chegaram horas antes, preparando o espaço, os instrumentos. Se preocuparam totalmente com a organização da roda e a recepção dos convidados. Muitos pais dos alunos estiveram presentes, prestigiando muito a comemoração.


Também estiveram presentes vários grupos de capoeira de Maputo: FICA, Mar Azul, Mando dos Palmares, Capoeira Brasil, Capoeira Angola Palmares, Libertação, entre outros (saiba mais sobre os grupos de Capoeira Maputenses).


Ao final da roda, um pouco de samba e maheu pra comemorar. Quem não sabe o que é maheu vai descobrir em breve aqui nesse blog. Uma dica: vocês não sabem o que estão perdendo!


Agradecemos aos mestres de hoje e sempre (que certamente estiveram lá observando), e a todos que vieram e contribuiram para uma roda bonita.
Veja as fotos aqui ou na barra lateral!

Ilustre visitante

Um pouco antes de completarmos nosso primeiro ano de vida em Maputo, tivemos a ilustre visita do Sr. Edward Powe, que foi aluno de Mestre Pastinha! Ele está constantemente em viagem, estudando as artes marciais negras. Uma importante parte da sua pesquisa é baseada na capoeira, nas artes que provavelmente deram origem a ela, e em artes paralelas.

Segundo ele, boa parte das artes marciais encontradas aqui em África Austral, tiveram sua origem numa arte macial muito praticada pelos Macuas (um povo da região Norte de Moçambique). Porém, ao visitar a terra dos Macua, ele infelismente não encontrou vestígios dessa arte marcial primordial: “foi tudo destruido pela guerra”, disse. Saiba mais sobre as andanças do Sr. Edward em sua fundação ou em sua editora.

Como parte da pesquisa, ele está fazendo um levantamento dos grupos de capoeira em Moçambique, e veio hoje entrevistar o Nzinga. Para além de colher informações, ele também deu um “cheirinho” das coisas que aprendeu com o Mestre. Ele leu, por exemplo, uma entrvista que realizou com Pastinha á pelo idos dos anos 60. Para nos, foi uma chance de observar bastante, e compreender as diferenças e semelhanças que a linhagem pastiniana gerou.

É emocionante ouvir as palavras desse aluno de Mestre Pastinha. Mais emocionante ainda é ter ouvido já essas mesmas palavras (algumas coisas igualzinho mesmo!), muitas e muitas vezes, dos nossos mestres. A verdadeira linhagem se revelnado ali, naquele momento. É a chama da capoeira!